A polaridade é a marcação existente nos terminais (dos enrolamentos) dos
transformadores indicando o sentido da circulação de corrente
em um determinado instante em conseqüência do sentido do
fluxo produzido.
A marcação da polaridade dos terminais dos enrolamentos de um
transformador monofásico, indica quais são os terminais positivos
e negativos em um determinado instante, isto é, a relação entre
os sentidos momentâneos das forças eletromotrizes (fem) nos
enrolamentos primário e secundário.
A polaridade depende de como são enroladas as espiras do
primário e do secundário (figuras a seguir) que podem ter sentidos
concordantes (defasado em 0°) ou discordantes (defasado e 180°.
Este sentido tem aplicação direta quanto à polaridade da força
eletromotriz (fem).
Aplicando-se uma tensão V1
ao primário de ambos os
transformadores, como indicada à figura acima, haverá circulação de
correntes nestes enrolamentos, segundo o sentido mostrado.
Admitindo que as tensões e consequentemente, as correntes estão
crescendo então os correspondentes fluxos serão crescentes e seus
sentidos indicados.
No caso a, teria uma força eletromotriz (fem)
induzida que tenderia a produzir a corrente I2
indicada.
Portanto, seria induzida uma força eletromotriz E2
no sentido indicado,
que irá ser responsável por um fluxo Ø contrário ao Ø. Já no caso b,
tal força eletromotriz (fem) deverá ter sentido oposto ao anterior,
com o propósito de continuar produzindo um fluxo contrário ao
indutor.
Ligando-se os terminais 1 e 1’ em curto e colocando-se um
voltímetro entre 2 e 2’, verifica-se que as tensões induzidas (E1
e
E2
) irão subtrair-se (caso a) ou somar-se (caso b), originando daí
a designação para os transformadores:
a) sentido concordante dos enrolamentos;
b) sentido discordante dos enrolamentos;
Caso a: polaridade subtrativa (mesmo sentido dos
enrolamentos);
Caso b: polaridade aditiva (sentidos contrários dos
enrolamentos).
MARCAÇÃO DOS TERMINAIS:
A ABNT recomenda que os terminais de tensão superior sejam
marcados com H1
e H2
e os de tensão inferior com X1
e X2
.
MÉTODOS DE ENSAIO:
- MÉTODO DO GOLPE INDUTIVO COM CORRENTE CONTÍNUA
- MÉTODO DA CORRENTE ALTERNADA
- MÉTODO DO TRANSFORMADOR PADRÃO.
MÉTODO DO GOLPE INDUTIVO COM CORRENTE CONTÍNUA:
Liga-se os terminais de tensão superior H1 e H2
a uma fonte de corrente contínua;
- Instala-se um voltímetro entre esses terminais
de modo a obter uma deflexão positiva ao se ligar
a fonte CC, chave comutadora na posição 1, em seguida, coloca-se a chave comutadora na
posição 2, transferindo-se o voltímetro para os
terminais de baixa tensão;
- Desliga-se a tensão de alimentação e observa-se
o sentido de deflexão do voltímetro;
CONCLUSÃO (Lei de Lenz):
Quando as duas deflexões são em sentidos
OPOSTOS, a polaridade é SUBTRATIVA;
- quando as duas deflexões são em sentidos
IGUAIS, a polaridade é ADITIVA;
OBS: Este é o método recomendado pela ABNT
para ensaios de transformadores de medida (TP e
TC)
MÉTODO DA CORRENTE ALTERNADA:
Limitado a relações de transformação 30:1;
- Aplica-se uma tensão alternada aos terminais
de tensão superior com um voltímetro entre
entes terminais;
- Conforme a figura, conectar um voltímetro e ler
a tensão das bobinas em série;
CONCLUSÃO:
Se a primeira leitura do voltímetro
for MAIOR que a segunda, a polaridade é
SUBTRATIVA; se for MENOR, ADITIVA (pela própria definição de polaridade).
MÉTODO DO TRANSFORMADOR PADRÃO:
Compara-se o transformador a ser ensaiado
com um transformador padrão de polaridade
conhecida que tenha a mesma relação de
transformação.
Liga-se entre si, na tensão inferior, os
terminais da esquerda, conectando-se um
voltímetro entre os terminais da direita.
Aplica-se uma tensão reduzida nos
enrolamentos de tensão superior que devem
estar em paralelo (definindo-se assim a H1 e
H2 do trafo ensaiado).
CONCLUSÃO:
Se o valor da tensão medida pelo Voltímetro
for praticamente nula, os dois
transformadores têm a mesma polaridade.
Se o valor da tensão medida pelo Voltímetro
for o dobro da baixa tensão esperada, os
dois transformadores têm a polaridade
oposta.
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